Monday, September 20, 2010

O que Deus tem haver com o fato de eu ser corinthiana

Estava meio sem idéia sobre oq falar aqui... Pensei, pensei e decidi falar sobre algo muito importante pra mim (mais do que futebol!), que é Deus. Mas calma, vou falar de uma forma diferente.
Esse final de semana fui para um acampamento do grupo de oração que eu participo e na hora de se apresentar, as pessoas falavam pra que time torciam e eu não pude evitar perceber algo muito interessante. Todos os corinthianos diziam "Corinthiano graças a Deus!". Os torcedores dos outros times não diziam isso, eu nunca ouvi nenhum palmeirense e são paulino falando isso.
E porque será?!
Pra mim, que acredito que Deus rege todos os aspectos da minha vida, a escolha do time também passa pelo aval Dele. Foi Ele que escolheu que eu fosse corinthiana. Pode parecer bobeira pra vc, mas pra mim não é. Ele me conhece melhor do que todo mundo, melhor do que meus pais, então ele sabe de qual time eu me identificaria mais não é?! Então, quando eu fui planejada por Ele la no céu, quando Ele escolheu em que família eu ia nascer, que ia ter cabelos enrolados (modificados posteriormente graças ao uso da tecnologia disponível), olhos castanhos, entre muitas outras coisas, também escolheu pra que time eu torceria. E como Ele é perfeito, não podia ter escolhido melhor! =D
Todo corinthiano diz "graças a Deus" porque acreditamos que torcer para o nosso time seja uma benção, pois não identificamos com nenhum outro time. Vc sabe de mais alguma explicação?!
Talvez seja com a nossa relação com São jorge, nosso santo padroeiro. Aqui tem um pouco da história do São jorge no Timão:

Corinthians e São Jorge: Mero acaso inspirou união

O acaso ligou a trajetória do Sport Club Corinthians Paulista a São Jorge. Durante seus 90 anos de história, glórias e percalços, o Corinthians incorporou publicamente o estigma de time guerreiro, que jamais desanima e persegue incansavelmente seus objetivos, também atribuídos ao santo.

Associar as características das equipes corintianas à legendária história do santo guerreiro não foi uma árdua tarefa para imprensa e torcida paulistas. Mas o que poucos sabem é que estes dois símbolos de garra e obstinação foram unidos por uma coincidência histórica e não por suas semelhanças.

Durante seus primeiros 16 anos, o Corinthians conquistou cinco títulos paulistas (1914, 16, 22, 23, 24), mas sua reputação ainda não ia além dos campos de várzea do Bom Retiro. O alvinegro mandava suas partidas num modesto campo emprestado por um açougueiro do tradicional bairro paulistano.

Foi somente em 1926 que a emergente equipe do cenário do futebol municipal adquiriu sua sede própria. O terreno, localizado hoje no bairro do Tatuapé, ficava exatamente no extinto Parque São Jorge. Do antigo parque, nada restou, só o nome do pequeno estádio. Mas o clube resolveu adotar o santo como parte de sua história.

Mas há quem conteste esta versão. Segundo o monsenhor Arnaldo Beltrame, responsável pela capela do clube, São Jorge era o padroeiro do Corinthians Football Club, equipe inglesa que, em visita ao Brasil, inspirou o nome do Corinthians Paulista, em 1910.

Ainda conforme os relatos do monsenhor Beltrame, os fundadores do Corinthians brasileiro resolveram também adotar o mesmo padroeiro da fonte de inspiração inglesa.

As décadas se passavam, títulos eram conquistados e perdidos, e foi somente em meados da década de 60 que os dirigentes corintianos despertaram e lembraram de recorrer ao "santo guerreiro", antigo dono da morada do Tatuapé.

(...) Foi no início dos anos 60, já com o incômodo jejum de títulos martelando a cabeça dos corintianos, que a idéia de recorrer a São Jorge floresceu. A capela em homenagem ao santo foi erguida num privilegiado espaço do clube e a mística entre time e São Jorge ganhou mais força no período.

(...) Após a frustrante derrota no Campeonato Paulista de 1974 para o arqui-rival Palmeiras, o desespero do corintiano, envolto na agonia de 20 anos sem títulos, transbordava. Foi nesta época que o compositor Paulinho Nogueira gravou "Ai Corinthians", que emplacou sem dificuldade nas paradas de sucesso. Nos versos da composição dedicada ao sofrimento corintiano não poderia faltar a citação ao padroeiro São Jorge:

"...Oh, são 20 anos de espera. Mas meu São Jorge me dê forças, para poder um dia enfim, descontar meu sofrimento em quem riu de mim".

Este momento marcou o efêmero apogeu do relacionamento entre torcida corintiana e São Jorge. Depois da quebra do jejum de títulos, em 1977, os torcedores alvinegros trocaram o apego ao santo pelo auto-reverência. Os anos de sofrimento na fila (quando curiosamente o número de corintianos aumentou) tornaram a torcida alvinegra mais mítica do que qualquer outro símbolo. Foi nesta época que surgiu a expressão "Fiel torcida".

"O símbolo de São Jorge sempre foi uma coisa propagada pelo clube. A torcida nunca vestiu esta camisa. Isto é coisa das pessoas antigas de dentro do clube", afirma Dentinho, presidente da Gaviões da Fiel, misto de torcida organizada e escola de samba. Apesar de seu comentário, em 1991, a escola trouxe como enredo de seu carnaval o legado de São Jorge.

(...) Depois de passar anos no ostracismo, São Jorge reapareceu na vida do torcedor corintiano em 1991, quando a equipe precisava vencer o Boca Juniors no Morumbi por dois gols de diferença, em partida válida pela Copa Libertadores.

A então presidente corintiana, Marlene Mateus, e seu marido, o folclórico Vicente Mateus, promoveram uma procissão nas dependências do clube no dia da partida. A iniciativa conseguiu a adesão de muitos torcedores, mas na mesma noite, a força dos guerreiros de São Jorge sucumbiu ao Boca de Batistuta. O Corinthians não passou de um empate em 1 a 1 com a equipe argentina e se despediu da competição.

São Jorge passou mais alguns anos na obscuridade e só voltou a freqüentar o cotidiano corintiano em 2000. Depois de vir de uma seqüência inédita de títulos - dois brasileiros seguidos e um mundial - o Corinthians entrou na pior fase de sua história.

(...) Mas mesmo reconhecido por apenas alguns segmentos da vasta nação corintiana, São Jorge terá sua mística propagada pelo clube.

fonte: http://www.loucosporti.com.br/content/view/90/47/

Eu acho que São Jorge está bem ligado à torcida sim. E tem até um fato muito interessante que mostra isso. Li isso no livro do centenário, mas como não consigo achar a parte exata, vou falar de cabeça, por isso não tenho os dados certinhos. Há alguns anos, a Igreja Católica estava querendo retirar o "posto" de santos daqueles que eles consideravam não ter mais tanta importância pra população e entre esses santos estava São Jorge. Sabendo disso, o arcebispo de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns, escreveu para o Vaticano pedindo ao Papa para reconsiderar essa atitude, pois, São jorge era o santo padroeiro da maior torcida brasileira e ela se sentiria muito desamparada se não pudesse contar mais com seu santo protetor. Ao ler a carta de Arns, o Papa simplesmente resolveu não retirar a "santidade" de São Jorge, pois não seria justo com a torcida Corinthiana.
Ta aí um ótimo motivo para dizermos "Corinthiano graças a Deus". Desconfio até que Ele seja Corinthiano! =D

Saudações corinthianas!
Livro de hoje: Corinthians: É Preto no Branco" de Washington Olivetto e Nirlando Beirão.

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